Essa é a primeira postagem em meu novo site e antes de iniciar os conteúdos técnicos, gostaria de compartilhar uma habilidade que venho desenvolvendo há algum tempo: como aprender e colocar em prática de forma efetiva tudo o que eu estudo.
Com o avanço da tecnologia, a cada dia que passa, surgem novas ferramentas com inúmeras funcionalidades e alto grau de complexidade, e nós como profissionais ou futuros profissionais precisamos dar conta de tudo isso para que consigamos desenvolver o nosso melhor.
Aí vem a pergunta: Como dar conta de tudo? Será que sou capaz? Essa profissão é apenas para pessoas super inteligentes?
Independente da sua formação, é perfeitamente possível que você possa aprender e trabalhar com dados, mesmo sem ser um gênio ou superdotado. Então hoje, eu vou compartilhar um pouco de como eu consegui aprender essa profissão e quem sabe, inspirar você a encontrar o melhor caminho e o que definitivamente funciona para você.
Quem me conhece bem, sabe o quanto eu gosto de temas relacionados à educação e há algum tempo venho experimentando outros métodos de ensino/aprendizagem diferentes do roteiro já pré-definido em nossas vidas ou o método tradicional de estudos. Por exemplo, em geral, estudamos em uma escola que não escolhemos,em média 12 anos (ensino fundamental e médio) matérias que não optamos com conteúdos nada práticos, que deixam a dúvida: Quando vou usar isso na minha vida? Prestamos vestibular para termos uma profissão sem ao menos estar preparados para decidir se esse é o caminho que queremos para o resto das nossas vidas.
Mas se você está aqui é porque temos algo em comum, talvez você assim como eu não se identifica com os métodos tradicionais de ensino, talvez você queira trabalhar com dados e eu estou aqui para trilhar este caminho com você, meu compromisso é compartilhar de forma fácil e prática algumas das melhores experiências que tive nessa área. Por isso, nossa primeira atividade será entender como funcionam os métodos de aprendizagem que trabalharemos por aqui, como o nosso cérebro funciona durante o processo de aprendizagem através do sistema de aprendizagem baseado em projetos, entre outros métodos.
Minha primeira experiência mais profunda com o sistema de ensino
eu vejo essa maneira de ensinar como um sistema punitivo onde valorizamos mais a memorização, teoria e notas para passar em uma prova do que os pontos fortes do aluno. Não há suporte para que o aluno desenvolva o que há de melhor em si mesmo.
Minha primeira experiência mais profunda com o sistema de ensino foi quando resolvi fazer uma pós-graduação para Ensino Superior EAD. Eu sempre gostei de ensinar, e estar em uma sala de aula me motivava. Atuei como instrutor de cursos livres, já havia tido experiência em sala de aula como professor, mas nunca gostei do sistema de ensino tradicional, eu vejo essa maneira de ensinar como um sistema punitivo onde valorizamos mais a memorização, teoria e notas para passar em uma prova do que os pontos fortes do aluno. Não há suporte para que o aluno desenvolva o que há de melhor em si mesmo.
Por isso, acabei desistindo da sala de aula, mas não do ensino, decidi buscar novas alternativas que falarei mais adiante. Que fique claro que não sou contra o sistema formal, muito pelo contrário, ele nos abre portas e nos ajuda a evoluirmos pessoal e profissionalmente, mas precisamos de uma ampla discussão entre profissionais e o nosso sistema de ensino deve ser repensado e transformado, podemos discutir sobre isso aqui nos grupos do site, se você ainda não é membro faça sua inscrição é rápido e prometo que por aqui será sempre tudo gratuito e sem spams.
O mergulho na piscina da 42
Após ter me interessado por diversas metodologias de ensino e tentado reproduzir algumas delas como uma auto experiência, surgiu em meu caminho a oportunidade de participar da piscina da 42SP, uma escola de programação com sistema de aprendizagem baseada em pares, lá tive a experiência na prática de tudo o que eu já tinha lido e onde realmente me apaixonei: uma escola sem professores, sem horário fixo, cada um no seu ritmo mas que ao final de 28 dias intensos as pessoas que chegaram com nível zero de programação aprenderam tanto quanto outros profissionais de nível sênior, como eu, e posso afirmar que foi uma das melhores experiências no ensino que tive na vida, estava aprendendo o que eu queria sem que ninguém me dissesse o que era certo ou errado, qual caminho trilhar, eu precisava apenas descobrir, experimentar, falhar, lidar com minhas frustrações e como mágica eu estava construindo meu conhecimento, era o simples prazer de aprender por aprender.
Meus livros de cabeceira
Dois livros que tem me ajudado bastante a entender este processo de aprendizagem são: Aprendendo a Aprender (Barbara Oakley) e Ultra-aprendizado (Scott H. Young). Recomendo fortemente a leitura antes de iniciarmos os nossos projetos por aqui, pois eles os ajudarão a entender como estudar não para fazer uma prova (apesar de ajudar nisso também), mas para que você possa aprender a construir uma base sólida de conhecimento e para que você seja capaz de resolver qualquer problema! Mas não se engane, não estou prometendo que a jornada será fácil, mas posso garantir com certeza será muito divertida e produtiva!
Bem, vamos agora à nossa primeira atividade, colocar a mão na massa e descobrir a nossa maneira de aprender melhor antes de começarmos a desenvolver os nossos projetos. Caso você não consiga comprar estes livros por algum motivo, existem diversos resumos na internet que são bem úteis, além disso uma dica: o livro Aprendendo a Aprender, possui um curso totalmente gratuito na Coursera, tenho certeza que você pode se beneficiar muito desse curso que tornará a sua jornada aqui mais leve.
Após essa atividade, utilizando as abordagens mencionadas, não importa o seu nível de habilidade em tópicos que você gostaria de dominar, você poderá mudar o seu pensamento e mudar sua vida. Não existe habilidade que não possa ser desenvolvida, não nascemos sabendo nada, nos transformamos a cada dia em pessoas melhores e mais habilidosas!
Aplique tudo o que aprender e não esqueça de voltar e compartilhar conosco como está a sua rotina de aprendizagem, deixarei um grupo específico para este tema em “Soft Skills - Habilidades Comportamentais”, fique à vontade para aprender e colaborar com outros colegas, ou futuros colegas de profissão.
Dica: Uma habilidade fundamental para um engenheiro, cientista ou analista de dados é a curiosidade, então pesquise, busque outras fontes de informação.
Um abraço e Hands on!
Outras referências
Bora monstro..